Como para a minha apresentação oral de português não encontrei um resumo deste livro, vi-me obrigado a fazer um. Aqui partilho com vocês o esquema de apresentação que me garantiu o 19/20
0. Introdução
Irei falar acerca do autor, a
obra e a relação da obra com Os Maias.
1. Autor
Gonzalo Torrente Ballester foi um escritor espanhol nasceu a
13 de Junho de 1910, numa pequena aldeia da Galiza e morreu a 27 de Janeiro de
1999. Licenciou-se em Filosofia e Letras na Universidade de Santiago de
Compostela e, posteriormente, em Direito e Ciências. Deu aulas em institutos de
diversas cidades espanholas. Casou duas vezes. Teve onze filhos, escreveu mais
de vinte livros e tinha uma biblioteca com cerca de 12 000 volumes.
Em 1989 escreveu a Crónica do rei pasmado e em 1991 viria a
ser adaptado ao cinema para o filme realizado por Imanol Uribe.
Numa entrevista cerca de um ano antes de morrer afirmou:
"Tive a sorte de ser dos poucos que conseguiram ver as duas faces da
lua". Com efeito, a sua obra, irónica e original, sempre soube combinar,
por um lado, a luz e a sombra, e, por outro, a racionalidade e a imaginação que
o fazia encarar a realidade e o quotidiano como muito mais fantásticos que qualquer
ficção.
2. A obra
A
obra retrata a Espanha do século 17
durante o inicio do reinado de Filipe 4º, 3º de Portugal e começa com o avistamento por grande parte da
população de uma serpente que causau o caus numa certa manhã, E porquê?
Perguntei eu a mim próprio quando li…de facto a serpente no cristianismo é
simbolo do mal desde o episódio onde Eva trinca uma maça renunciando o paraíso
sobre influencia do diabo que se encontrava disfarçado de serpente. Logo na
minha opinião o aparecimento deste animal, sugere o aparecimento do mal e do
diabo na região.
Do drama da população a ação passa para despertar do Rei
nessa mesma manhã. Este acorda e fica pasmado a contemplar o corpo nú de
Marfisa, a prostituta mais cara da cidade. Com isso o Rei deixa dez trocados a
Lucrécia, a criada de Marfisa, como pagamento do serviço. Ele e o Conde Penã
Andrada, burguês que o acompanhava e que dormira com Lucrécia, voltaram para o
palácio real.
Não conseguindo tirar da cabeça o corpo explendido de
Marfisa quando ao chegou ,o rei pediu a
um criado que lhe trouxesse a chave da sala proibida, este teve de a roubar, o
que não interessou ao rei, mais, até disse ”fizeste-te bem”. Na sala proibida
encontravam-se retratos de mulheres nuas, o que deixou mais uma vez o rei
pasmado. Esta era proibida dado que a contemplação de uma mulher nua era um
crime muito grave. O que me fez pensar porque o criado roubou algo e foi
elogiado, um homem vê uma mulhher nua e isso é crime..onde está a justiça?
Depois de um bom tempo a olhar para os quadros, um criado
foi dizer ao rei que era hora da missa. Durante a missa, dá-se um acontecimento
que dá um curso à história, o Rei exclama que quer ver a raínha nua.
Durante a missa outros acontecimentos também decorreram,
nomeadamente a fuga de Marfisa e
Lucrécia. Aqui estão presentes principalmente duas críticas, uma à corrupção,
pois foi a mando do Inquisidor-mor que elas fugiram(como chefe da inquisição
ele devia mandar prende-las e não dizer-lhes para fugir), para além disso há
uma crítica ao clero, pois Marfisa fugiu escondendo-se num mosteiro passando a
freira (como é que uma prostituta passa a freira, são quase opostos, realmente
como se afirma numa das frases do livro “o hábito não faz o monge”)
Terminada a missa , ocorre no tribunal da Inquisição uma
sessão que tinha o objetivo de resolver três problemas:
-a questão do rei ter ido às meninas;
-a questão do rei querer ver a raínha nua;
-castigará deus o povo pelos pecados do do rei?
Para além disso aínda outros assuntos foram questionados
como por exemplo se os 4 pecados mortais deveriam ser julgados como 1 ou como
4? E se a nega deveria ser julgada como delito ou não? E vocês aqui ficam sem percebber o que isto é… eu
passo a explicar, segundo se o que se constava, o rei tinha cometido adultério
4 vezes e à 5ª cansou-se e adormeceu.
Como testemunha, falou o Conde Penã Andrada, que contou tudo
o que se passou. Ele e o padre Almeida (um jesuita portugues muito viajado que
estava de passagem) estavam a favor do encontro dos reis, e o padre Villaescusa
(um padre que invejava o lugar do inquisidor-mor) era altamente contra, o que
levou a um confronto de ideias.
Para o padre Almeida os jovens príncipes casaram por
obrigação assim como muitos jovens na sua idade, logo era normal querem-se ver
nús (o que nos trás a outra crítica, segundo os costumes da época, os
casamentos eram por conveniência, e segundo a religião cristã, um casamento só
poderá ocorrer se os futuros noivos o quiserem e não os seus pais.)
Segundo o Conde o querer ver a raínha nua fora uma
consequencia de ver Marfisa nua. Para ele jovens neste mundo não devem ser
inocentes, mas sim experimentados, portanto qual seria o mal de o esposo querer
conhecer o corpo da esposa?
O padre Villaescusa perguntou-lhe se já vira muitas mulheres
nuas e o conde com a confirmação do padre Almeida que meio mundo andava nú e um
exemplo disso eram as mulheres das tribos que o padre Almeida tentava converter
ao Cristianismo.
O padre Villaescusa perguntou ao padre Almeida porque é que
não as obrigava a vestirem-se e o este respondeu-lhe que lhes ensinava que Deus
tinha morrido por todos os homens e os esperava no paraíso. O padre Villaescusa
perguntou se o paraíso era para gente nua e o outro respondeu-lhe que ninguém
leva as roupas para o céu.
No final não se chegou a conclusão nenhuma e nomearam-se
mais 4 sessões para a resolução desses problemas, o que me leva a criticar este
regime, pois falou-se, falou-se, falou-se e não se chegou a conclusão nenhuma,
ficando assim provado a falta de rigor nestas reuniões.
Depois desta sessão o padre Villaescusa foi contar tudo o
que se passou lá ao Valido (que era uma espécie de ministro das finanças) e
convence-o que os pecados do rei acabarão por trazer uma desgraça ao reino(nomedamente
a perda da guerra e o saqueamento da frota que trazia anualmente dinheiro para
os cofres reais), portanto era imprescindível que o rei não visse a raínha nua para evitar
tais desgraças.
Para além disto a raínha toma a decisão de se querer
mostrar ao rei e diz à criada para o
informar. Enquanto isto, o Valido e a Camareira-mor(sua prima e encarregada de
tomar conta das mulheres da corte) decidem trancar todas as portas entre os
quartos dos reis para que estes não se vissem nús, pelo menos até chegarem
notícias da frota e da guerra, pois se os reis pecassem, o povo pagava e a
frota e a guerra eram perdidas.
Durante essa noite ocorreu a cena mais estranha do livro,
havia um padre, o padre Rivadesella, que falava com o diabo, diabo esse que
aparecia sempre no corpo de algum animal, corvo, sapo…serpente e, nessa noite
pela primeira vez apareceu sob a forma de um homem, tiveram uma conversa e no
final o padre fica a saber que ver o conjugue nu, não é pecado, para além disso
o diabo também diz que deus só ouve as preces de quem implora a piedade e a
justiça, acusando o povo de não ser justo nem piedoso, mas apenas católico, o
ser católico, ou turco não interessava, o que interessava era a sua vontade, se
era boa ia para o céu, se era má ia para o inferno (aqui deparei-me com uma
critica direta à igreja e à sociedade, pois para acentuar isto, toda a cidade
cheirava a enxofre, gaz caraterístico dos vulcões, logo do inferno, para
salientar a malícia da população)
Aínda nessa noite o rei fica a saber da vontade da raínha e
tenta ir ter com ela, mas em vão, as portas estavam trancadas. Já desesperado,
o rei é acalmado pelo Conde que promete que o ajudará, promete-lhe um encontro
fora do palácio e fora das portas trancadas.
Como as paredes têm ouvidos chega a informação dos planos do
conde ao Valido e este manda-o prender.
O capitão da Guarda e meia duzia de soldados entram no
quarto de D.Paca, uma dançarina que supostamente estava a dormir com o conde.
Não o encontram porque este fugira por um corredor escuro. D. Paca aínda o
procura mas assusta-se com uma silhueta demoníaca que surgiu no corredor.
O padre Almeida combinado com o Conde pede a Marfisa para os
ajudar, arranjando um encontro no mosteiro aos reis. Marfisa aceita pois assim
teria ajuda a fugir do reino (pois a inquisição andava atrá dela).Para além
disso ele aínda combina as coisas com a criada da rainha. (aqui está implicita
mais uma critica, para que os reis se encontrassem no mosteiro, teve de haver
permissão da abadessa(quem governava o mosteiro) e ela aceitou, pois anciava
que como agradecimento o rei lhe oferecesse um relógio, o que nos novamente à
corrupção. )
Marfisa prepara o quarto e dá conselhos aos reis
RAÍNHA: foi a primeira a chegar e Marfisa aconselhou-a a
fazer-se sedutoramente de difícil, não dizer sim a tudo.
REI: aconselhou-o a ir com calma, para não se cansar
rapidamente.
Os reis viram-se nús
O Valido recebe a informação que a frota chegou e a guerra
venceu-se, o padre Villaescusa aínda tenta justificar isso dizendo que foi das
procissões em nome de Deus que se fizeram para atenuar o crime dos reis, mas as
cartas foram enviadas antes e durante os “crimes”, não dando mais importância
ao padre Villaescusa.
A obra termina com o Valido confuso ao ver a carta para prender
o Conde, não se lembravava de a ter escrito e segundo lhe disseram um tal Conde
Penã Andrada não existia.O que nos leva ao enigma da obra, quem era afinal o
Conde?
Na minha opinião o Conde era o Diabo pois D.Paca viu o
demónio onde devia estar o Conde, o Valido via uma nuvem ou poeira quando
pensava no conde (a poeira pode ter haver com o fumo do inferno) e para além
disso, no final da história, quando o Conde abandona a cidade, o padre
Rivadesella(o que falava com o diabo), nunca mais o encontrou.
3. Relação
para com os Maias
Nos Maias podemos ver que Eça faz uma crítica a Portugal do
século 19, aqui Ballester faz uma crítica a Espanha do século 17, dizendo que
era uma terra onde a Lei de Deus governava, a corrupção era muita, fechavam-se
os olhos às violações, adultérios, virgens vendidas a velhos ricos, havia
sujidades,vinganças a mais e o verdadeiro crime passava por aquele que punha a
igreja em causa, tal como ver uma mulher nua.
bibliografia:
https://www.wook.pt/autor/gonzalo-torrente-ballester/4342
Nota: A frase do autor um ano antes de morrer eu disse no final da apresentação oral, visto que não sabia como explicá-la e assim, foi uma boa forma de terminar
ResponderEliminarLEGAL
EliminarBem pooooodre
EliminarEste comentário foi removido pelo autor.
Eliminarobrigado depois deixo aqui a nota da minha apresentação!!!!
ResponderEliminar#ctrlCctrlV
ResponderEliminarObrigada amigo. Graças a ti, vou conseguir fazer o que tu querias
ResponderEliminarParabéns ♥️♥️🥰
ResponderEliminarObrigado salvaste a minha ficha de amanhã kkkk
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